Este Blog tem a finalidade de divulgar estudos e aprendi, tendo por prisma de visão Allan Kardec.

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Conexão sensitiva ou auto-retrato…

Molécula de luz de feição tão simples

Acesa pela Criação universal

Faz o caminho de volta para o clarão das conquistas!

Inconsciente se mistura ao pó e as pedras e se molda

Como se criasse a própria roda da evolução

Se altera, se transfigura nos mais diversos designers da vida

Ora com os pés nesta terra, ora volitando em outra dimensão

E se enraíza, se fixa, mergulha, voa e caminha

Como água que faz curvas pra achar o melhor caminho

E nos lençóis dos instintos, se fez tão distinta, se individualizou

Conheceu livre arbítrio, se reconheceu como espírito, se humanizou!

No seio dos minérios espera a sentença divina

Se vestindo de flores, folhas e frutos apaga em si o reino mais bruto

A liberdade inconsciente no designer animal

E como criatura a partitura individual !

Como se fosse semente um talento cresceu

Germinou, floresceu no seio da emoção

Viajou pelo tempo como se fosse um menino

Indeciso na infância, tão inseguro adolesce

Em meio á pragas, rituais e preces

E na maior rebeldia das noites e de todos os dias

Voou pelos ares e despencou pelas sombras

Caminhou por desertos, solitário e inepto

E na velha teimosia amadureceu!

E juntou energia e emoldurou a matéria

Pisou sobre o fogo, mergulhou pelos ares

Foi ao fundo dos abismos nos diversos patamares

Morreu, renasceu, apesar dos pesares

Michelangelo ou Zumbi dos Palmares!

Viajou na epiderme de muitas raças

Morou em mansões e dormiu pelas praças

Foi aluno, professor e saltimbanco

Sua voz em francês, iorubá e latim

Cantou flamencos, fados, sambas e tangos

Engendrou magias e dançou tambor de criola

Desencarnou de banzo no seio da senzala

Depois que a dor descobriu seu esconderijo na ilusão e na vaidade

Arrumou suas malas e foi pra outros mundos, nos quintais da erraticidade

Tirar a poeira de mal usados sapatos!

Não levou rancores, ódios ou mágoas, só decepções

Procurou quem mostrava os caminhos mais longes

E como monge se enclausurou

No mosteiro da solidão mais egoísta

De novo se abandona em monturos

De vidas e condutas exclusivistas!

Mas, a dor, a saudade e a distância

Inspira-lhe no atelier da consciência

A repaginar seu auto-retrato

E depois de tantas andanças

Coloca no plano de fundo as cores da esperança

E nos traços principais

Os tons madrigais

No risco fisionomia um traço de alegria

Embarcou num óvulo fecundo

E ressurgiu anônimo aos olhos do mundo!

A orfandade paterna o primeiro espinho

A infância insegura e a mediunidade noturna

A escola e o trabalho afazeres intrínsecos

Um casamento afim e flores imortais no pomar da obrigação

A Doutrina Espírita, espelho que papai emoldurou

Nas salas de aprendiz do movimento

Amigos, orientadores, um coral e versos

E hoje no diário virtual na tela informatizada

A gratidão, a alegria e a tarefa recomeçada!!!

Ademário da Silva *&*&*&*&*&*&*&*&* – 15/set./2008

SOESFALUZCA

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