Este Blog tem a finalidade de divulgar estudos e aprendi, tendo por prisma de visão Allan Kardec.

Mediunidade no tempo!

*&*

É minha amiga Neusa Maria, o simples às vezes se nos parece tão complexo que o nexo parece ter perdido o sentido…

*

Em se tratando de mediunidade, de eternidade, trilhas evolutivas, imortalidade, reencarnações e outros quesitos mais, a semente será sempre surpreendida pelos efeitos da luz sobre as sombras, mesmo com todo medo que esta tem da luz. Assim somos nós encantados com o espreguiçar das pétalas, apesar da friagem do orvalho e maravilhados e envolvidos com os seus perfumes, e inocentes quanto as causas de tão divinas providências a nosso favor, mesmo em mundo de provas e expiações…

*

Nas sombras da matéria é séria a responsabilidade existencial quanto a própria individualidade, mas nos braços da fraternidade, a mediunidade é o laço, o abraço e o colo, mas também a ferramenta, o giz e o quadro negro, sem apegos ou sentimentalismos, mas é onde o sentimento de liberdade existencial é a semente que os tutores cultivam no espectro de amizades milenares…

*

Que ninguém nos ouça, mas essa mediunidade é o braço da Providência qual silenciosa essência a vacinar-nos contra a sombra, a inércia e a dúvida…

Tenhamos em plano essencial de compreensão que a mediunidade é sempre ambiente mental…

Isso nos leva ao estudo de nós mesmos quanto a nossa educação, tendências, preferências artísticas e intelectuais, os nossos sentidos idealistas, o discernimento entre crença e religião, a consciência de religiosidade e a própria espiritualidade, a diretriz que imprimimos a nossa sensibilidade…

As nossas relações com a leitura e o estudo, o conhecimento estrutural da Doutrina Espírita, as nossas afinidades psicológicas, emocionais e espirituais…

A disciplina, o compromisso, a dedicação ao trabalho de aprendizado e amor ao próximo…

A auto estima e a auto reforma nas normas da ética espiritual, a consciência de responsabilidade e o senso de liberdade, o amor á verdade, a paciência, a ciência, a filosofia e a religião…

A independência de ser no compromisso e na tarefa

Aparar as próprias arestas ensombradas pela vaidade e o ego

O desapego ao entorno material, o combate ao mal…

Ser como o conselho do Mestre Jesus, o sal e a luz na proporção da própria maturidade.

A seriedade sem mau humor, o amor à toda prova que não é só dos nove,

Mas a prova que a sombra remove no sacrifício de si mesmo

Deixar de viver á esmo nos caminhos da imortalidade

Deixar de ser autor de dores e sofrimentos, crescer a cada momento que Deus te propicia…

Compreender que a mediunidade é o umbral da liberdade enquanto porta de oportunidade

Ter a gratidão como oração de todo dia na plenitude do sol e da alegria e ser mais contundente quando a tempestade nubla a paisagem nos horizontes…

A mediunidade enquanto divã da imortalidade nos permite soluções, reamizades, reencontros, acertos e reacertos no conserto das relações infinitas…

Bendita sejas Mediunidade…

E como Jesus ensinou o acerto com os nossos desafetos nas rinhas ou templos

O momento que o amor insemina luz nas suturas de antigos desentendimentos

E às vezes, mesmo que raras, traz à porta felicidades de orientações, de amores, amigos e afetos…

A mediunidade é o teto de ricas reconciliações e soluções…

Santa mediunidade…

*

“Qualquer definição é inútil, posto que toda definição é em si mesma reducionista.”

Perdoe-me a intuição!

Beijos no seu coração

Ademário da Silva =/= 01 de abril de 2019.

Eduardo Ademário Pizindin da Silva

O tamanho do texto não dimensiona nossa saudade…

**

Eduardo alma amiga e longeva que escapou aos meus olhos, mas não foge aos meus sentidos

Mudou de roupas no vestiário do tempo e deu leveza ao seu corpo;

Deixou de se arrastar sob o peso de sua carne que escondia sua alma e se livrou de dores e tormentos, que a vida humana impõe…

Neste último dia doze de julho, o calendário nos chama atenção, você já está no outro plano de vida á onze anos.

Saíste de casa no dia onze de julho e perdeste a vida do corpo a meia noite e trinta do dia doze.

Os nossos corações se reuniram na sala do sofrimento e todos falavam ao mesmo tempo, colocando agravos na dor da separação, que ainda nem tínhamos consciência do fato real, e como pássaros que perdêramos momentaneamente o sentido da migração temporária, saímos voando pra todos os lados querendo te encontrar…

Dia vinte e três de março de dois mil e doze você completara vinte e dois anos de idade, em julho você decidiu ir de volta a pátria de origem…

Eu, sua mãe e suas irmãs e também seus sobrinhos saímos em busca de conseguir que voltasses para casa.

Mas, fez-se um silêncio sobre seu paradeiro. E o silêncio enquanto fonte de recolhimento, meditação e intuição, se nos parecia estranho juiz a intensificar nossa dor.

A Doutrina Espírita enquanto sol das nossas vidas, neste momento crucial e doloroso, nos pedia paciência, discernimento e coragem.

As buscas se estenderam até setembro de dois mil e treze, posto que as autoridades não tem solução para as dores do povo, além do esquecimento e do descaso.

Mas, a luz da mediunidade se acende no horizonte como bálsamo esclarecedor e a intuição nos leva a solução do impasse imposto.

Depois de um ano e três meses de silêncio, descobrimos que o silêncio mergulhara nos mantos silentes de outra dimensão espiritual. Ficamos sabendo por força do nosso amor e teimosia em te buscar, que já não estava mais entre nós.

Agora os caminhos do reencontro são outros, mas Deus é Pai e não desampara. E depois que o sofrimento foi elevado a ao grau máximo que poderíamos suportar e o suportamos; veio a mediunidade, mãe que acolhe, cura e esclarece…

E vamos encontrar sua fala e cruzar nossas emoções no dia três de novembro de dois mil e treze, no Centro Espírita Perseverança.

Mãe, te amo, meninas amo vocês, sempre me senti o rei em casa, o manda chuva, o chefão, mas sei que vocês é que por amor, me amavam e me davam boi. Gente to beleza!
Mudado mesmo, começo a valorizar mais as coisas de Deus, a aprender mais tudo mãe, pode ficar tranquila que eu to colocando minha energia, minha rapidez, minha impaciência pra aprender as coisas de Jesus. Amo vocês, e to bonitão do mesmo jeito.
Mãe não se preocupe com o que aconteceu deixa pra lá. O que vale é o hoje o que a gente sente de bom, é o que de certeza de que eu você o pai e as meninas tamo juntos!!!
Pai me orgulho de você, você sempre teve certo. Beijão. Fui! Eduardo” … 
*** 
Médium: Alexandre.

03 de novembro/2013.

**

A vida continua depois da morte do corpo; podemos concluir que o túmulo é plataforma de decolagem para a outra dimensão existencial, por isso não importa o tipo de morte que silenciou o corpo, mas como a alma chega no mundo espiritual…

Suas revelações Eduardo, que reproduzi ligeiro trecho aqui, impactam, fazem desaguar a catarse retida na expectativa desmanchada ao longo desses trezes meses de procura…

Mas, a certeza de que não voltarias mais ao nosso lar físico, como que estrangula o silêncio sem nos devolver sua voz…

Lágrimas molhando os sentimentos, encharcando os pensamentos, como que nos unindo mais e mais, porque com tamanha dor, só de mãos dadas e almas bem juntinhas, para que o inverno do silêncio não nos enregelasse o coração…

Tínhamos que nos dispor a um novo tipo de amor. E como toda forma de amar é válida, aprendemos a amar a saudade e o silêncio, como quem jejua os toques, os abraços e beijos…

Escanear o coração e a memória e não juntar cacos ou trapos, porque o espírito está além dos efeitos materiais de nossas relações, e aí reencontrar tua história nas páginas dos nossos sentimentos e relação; refazer o caminho de dois mil e doze até março de mil novecentos e noventa, reencontrando dores e alegrias, dúvidas e incertezas, flores espinhos, valores da nossa imperfeição, até o dia vinte e três de março chorando no berçário em face do choque de transição…

E voltarmos lenta e gradualmente a realidade da experiência e do aprendizado que a dor nos enfia pelas goelas da alma, da consciência e do coração. E isso pelos novos valores do tempo que a dor nos exige, e tal como uma catadupa de lembranças, momentos, fotos e sorrisos, sensações de sua presença entre, sonhos e insinuações sensitivas naquela enxurrada existencial…

E hoje, onze anos depois, adestramos os sentimentos como quem educa animais selvagens, que não se importam a quem ferir…

Assim, filho de Silvana e Ademário, “Andar com fé eu vou, porque a fé não costuma faiar”.

A eternidade é o caminho evolutivo, então amanhã nos encontraremos.

Ás vezes meu filho, a dor se faz o manto da compreensão, sem se importar com o nosso coração…

O tempo passa, a dor se enquadra num perfil silente

O tempo açoita e nos pede amor, não como mendigo solto, mas indefinido, cambaleante e pesado, como quem depois de muito andar, sente os pés inseguro e indeciso…

E hoje filhão que fazem onze anos de sua partida e a saudade é um sorriso mal desenhado, porque as lembranças da convivência traduzem alegria estancada…

Hoje que a mediunidade ainda nos pede paciência, que sua ausência ainda que real, não se conforma com a nossa perspectiva…

O tempo do alto de sua sabedoria é teimosia silente

A dor, imagem desgrenhada e desgastada que a Doutrina Espírita domesticou

O silêncio de sua ausência é a poesia que não sei escrever

Mas, o sonho do reencontro não é mais pesadelo

Não tê-lo em presença jamais quis dizer esquecimento e jamais i será

A saudade é dor de mão dupla na catapulta do silêncio

Mas, a alegria que brota quando um de nós te percebe em nosso ambiente

Escancara-nos os dentes e a alma e nos acentua o desejo do abraço

E fortalece-nos os laços, talvez até os traços do mesmo sonho

Aí é fala pelo dia que Deus dá, parece que cada um tem um pergaminho

Onde escreve sentimentos e lembranças, faz do tempo novamente criança e todos sorrimos lembrando de você…

Nosso tempo no seio da eternidade é dízima inconsequente, tipo noves fora nada

Ainda pelos nossos passos a dízima é periódica tal como a saudade, só que se traduzida em medidas, o tamanho, a latitude e a longitude nossa consciência nem assimila

A intuição, mãe dos meus versos sempre me aconselha, a eternidade não se calcula pelo desespero, mas pela luz e o amor aplicados

Então filhão, se segura do seu lado, porque mais dias menos dias estaremos no mesmo horário

Até um dia, razão dos meus sentimentos, valor da minha vontade

Qualquer dia a saudade será só poesia em nossa memória…

**

Ademário da Silva

15 de julho de 2023.

SOBRE A PSICOGRAFIA DO MEU FILHO EDUARDO ADEMÁRIO DA SILVA.

*

Se Deus deixar, eu faço…

**

Se Deus permitisse abrir a cortina, invadir a outra dimensão

E tocar com as mãos dos sentimentos aquele coração distante

Abraçar as almas que já partiram,

Sentar levemente numa poltrona fluídica e descobrir os mistérios da vida espiritual…

Das falas sem verbos ou substantivos, mas que pudéssemos usar predicados sinceros e

Autênticos…

Acariciar os sentimentos contidos nos silêncios e sorrisos insinuados e não sonoros

**

Se Deus permitisse e tivéssemos nós, condições emocionais para livremente e sem desandos emocionais, estarmos face a face com as pessoas que moram em nossas saudades desde algum tempo, sem que esse momento significasse choro ou reclamações, tentativas de culpas ou testamentos de abandonos, que na verdade não aconteceram…

*

Se conseguíssemos estar frente a frente, olho no olho com o filho, ou papai, a mamãe, vovó ou vovô, sentados a soleira do tempo, pra revivermos momentos ou viver os não vividos, sem que fossemos traídos pelos desequilíbrios ou qualquer desconforto emocional, que nos fizesse perder a luz e o amor que esse encontro propicia.

*

A mediunidade nos permite isso, mas cada um na sua dimensão, o médium aqui na Terra e o espírito livre na sua dimensão, e os familiares nas mãos das perspectivas e das emoções entrevistas na espera…

*

A questão é que Deus permite, nós é que temos que estudar, limpar o vaso interior, ou melhor o interior do vaso, acender as luzes, apagar as sombras, enxergar a nós mesmos no tom de nossas cores e sentimentos, diminuir a dose dos nossos medos, constranger a nossa ignorância e tomarmos definitivamente consciência de que somos espíritos imortais e que isso podemos sim, ah! Se podemos, com certeza o podemos…

*

E nos desatarmos das presilhas do tempo humano, nos descondicionarmos das divisões de tempo que nos impuseram, tais o presente, passado e futuro e quebrarmos esse paradigma, …

*

Então com certeza a morte perderia esse trono tétrico e dantesco que também se nos foi imposto.

*

Aí, lidaríamos com naturalidade com a morte do corpo, posto que é só o que acontece, a alma, qual borboleta sai do casulo temporário, treina momentaneamente suas asas e voa pra outra dimensão…

*

Se vai viver em espinhos ou flores, isso é de conformidade a vida vivida por cada um, mas a mudança é inevitável…

*

Por quanto tempo se dará a separação não sabemos, tanto quanto não sabemos nem a data de partida nossa, que dirá dos nossos amados e amadas…

*

Há muito trabalho e estudo por fazer, façamo-lo…

*

Hoje, ao recebermos a psicografia do nosso filho Eduardo Ademário, fiquei nessa reflexão…

*

A mediunidade me ampara, a intuição me clareia, a inspiração é a mão cheia dos tutores espirituais a indicarem-me os passos, os livros e a conduta…

*

Mas, um momento como esse que estou desenhando seria a liberdade da emoção, sem as travas do já estatuído, tipo um desdobramento, mas com endereço dimensional definido pelas afinidades, porque só a saudade não garante, é preciso o passaporte da liberdade constituída pelo equilíbrio, pela coragem e principalmente pelo amor corajoso, que enfrentou a dor do coração pego de surpresa pela separação e que enfrentou também a saudade no dia a dia, como quem separa o joio do trigo por saber o valor do pão espiritual.

*

Se Deus permitisse eu encontraria contigo Eduardo a qualquer momento tipo clube da esquina, quando houvesse poesias na bolsa grávida da inspiração, tomava um transporte de emoção direto as soleiras fluídicas do mundo espiritual e deixava meus sentimentos te encontrar…

*

Mas, não é de bom tom transgredir leis, pois os efeitos poderiam ser desagradáveis; então lanço mão da paciência, a ciência e a filosofia e espero meu dia…

*

Meu dia de te abraçar ao vivo, de te falar das belezas da vida e das experiências vividas e sem reclamar do não vivido…

*

E quais sementes do amor divino nos replantarmos no solo da evolução e reaprendermos o cultivo de nós mesmos na seara do tempo, do Mestre e de Deus…

*

E como tu disseste em sua psicografia, … Um beijão Eduardo e até logo menos…

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Ademário da Silva

19 de março de 2023.

Eduardo Ademário Pizindin da Silva

O tamanho do texto não dimensiona nossa saudade…

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Eduardo alma amiga e longeva que escapou aos meus olhos, mas não foge aos meus sentidos

Mudou de roupas no vestiário do tempo e deu leveza ao seu corpo;

Deixou de se arrastar sob o peso de sua carne que escondia sua alma e se livrou de dores e tormentos, que a vida humana impõe…

Neste último dia doze de julho, o calendário nos chama atenção, você já está no outro plano de vida á onze anos.

Saíste de casa no dia onze de julho e perdeste a vida do corpo a meia noite e trinta do dia doze.

Os nossos corações se reuniram na sala do sofrimento e todos falavam ao mesmo tempo, colocando agravos na dor da separação, que ainda nem tínhamos consciência do fato real, e como pássaros que perdêramos momentaneamente o sentido da migração temporária, saímos voando pra todos os lados querendo te encontrar…

Dia vinte e três de março de dois mil e doze você completara vinte e dois anos de idade, em julho você decidiu ir de volta a pátria de origem…

Eu, sua mãe e suas irmãs e também seus sobrinhos saímos em busca de conseguir que voltasses para casa.

Mas, fez-se um silêncio sobre seu paradeiro. E o silêncio enquanto fonte de recolhimento, meditação e intuição, se nos parecia estranho juiz a intensificar nossa dor.

A Doutrina Espírita enquanto sol das nossas vidas, neste momento crucial e doloroso, nos pedia paciência, discernimento e coragem.

As buscas se estenderam até setembro de dois mil e treze, posto que as autoridades não tem solução para as dores do povo, além do esquecimento e do descaso.

Mas, a luz da mediunidade se acende no horizonte como bálsamo esclarecedor e a intuição nos leva a solução do impasse imposto.

Depois de um ano e três meses de silêncio, descobrimos que o silêncio mergulhara nos mantos silentes de outra dimensão espiritual. Ficamos sabendo por força do nosso amor e teimosia em te buscar, que já não estava mais entre nós.

Agora os caminhos do reencontro são outros, mas Deus é Pai e não desampara. E depois que o sofrimento foi elevado a ao grau máximo que poderíamos suportar e o suportamos; veio a mediunidade, mãe que acolhe, cura e esclarece…

E vamos encontrar sua fala e cruzar nossas emoções no dia três de novembro de dois mil e treze, no Centro Espírita Perseverança.

“Mãe, te amo, meninas amo vocês, sempre me senti o rei em casa, o manda chuva, o chefão, mas sei que vocês é que por amor, me amavam e me davam boi. Gente to beleza!

Mudado mesmo, começo a valorizar mais as coisas de Deus, a aprender mais tudo mãe, pode ficar tranquila que eu to colocando minha energia, minha rapidez, minha impaciência pra aprender as coisas de Jesus. Amo vocês, e to bonitão do mesmo jeito.

Mãe não se preocupe com o que aconteceu deixa pra lá. O que vale é o hoje o que a gente sente de bom, é o que de certeza de que eu você o pai e as meninas tamo juntos!!!

Pai me orgulho de você, você sempre teve certo. Beijão. Fui! Eduardo” …

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Médium: Alexandre.

03 de novembro/2013.

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A vida continua depois da morte do corpo; podemos concluir que o túmulo é plataforma de decolagem para a outra dimensão existencial, por isso não importa o tipo de morte que silenciou o corpo, mas como a alma chega no mundo espiritual…

Suas revelações Eduardo, que reproduzi ligeiro trecho aqui, impactam, fazem desaguar a catarse retida na expectativa desmanchada ao longo desses trezes meses de procura…

Mas, a certeza de que não voltarias mais ao nosso lar físico, como que estrangula o silêncio sem nos devolver sua voz…

Lágrimas molhando os sentimentos, encharcando os pensamentos, como que nos unindo mais e mais, porque com tamanha dor, só de mãos dadas e almas bem juntinhas, para que o inverno do silêncio não nos enregelasse o coração…

Tínhamos que nos dispor a um novo tipo de amor. E como toda forma de amar é válida, aprendemos a amar a saudade e o silêncio, como quem jejua os toques, os abraços e beijos…

Escanear o coração e a memória e não juntar cacos ou trapos, porque o espírito está além dos efeitos materiais de nossas relações, e aí reencontrar tua história nas páginas dos nossos sentimentos e relação; refazer o caminho de dois e doze até março de mil novecentos e noventa, reencontrando dores e alegrias, dúvidas e incertezas, flores espinhos, valores da nossa imperfeição, até o dia vinte e três de março chorando no berçário em face do choque de transição…

E voltarmos lenta e gradualmente a realidade da experiência e do aprendizado que a dor nos enfia pelas goelas da alma, da consciência e do coração. E isso pelos novos valores do tempo que a dor nos exige, e tal como uma catadupa de lembranças, momentos, fotos e sorrisos, sensações de sua presença entre, sonhos e insinuações sensitivas naquela enxurrada existencial…

E hoje, onze anos depois, adestramos os sentimentos como quem educa animais selvagens, que não se importam a quem ferir…

Assim, filho de Silvana e Ademário, “Andar com fé eu vou, porque a fé não costuma faiar”.

A eternidade é o caminho evolutivo, então amanhã nos encontraremos.

Ás vezes meu filho, a dor se faz o manto da compreensão, sem se importar com o nosso coração…

O tempo passa, a dor se enquadra num perfil silente

O tempo açoita e nos pede amor, não como mendigo solto, mas indefinido, cambaleante e pesado, como quem depois de muito andar, sente os pés inseguro e indeciso…

E hoje filhão que fazem onze anos de sua partida e a saudade é um sorriso mal desenhado, porque as lembranças da convivência traduzem alegria estancada…

Hoje que a mediunidade ainda nos pede paciência, que sua ausência ainda que real, não se conforma com a nossa perspectiva…

O tempo do alto de sua sabedoria é teimosia silente

A dor, imagem desgrenhada e desgastada que a Doutrina Espírita domesticou

O silêncio de sua ausência é a poesia que não sei escrever

Mas, o sonho do reencontro não é mais pesadelo

Não tê-lo em presença jamais quis dizer esquecimento e jamais i será

A saudade é dor de mão dupla na catapulta do silêncio

Mas, a alegria que brota quando um de nós te percebe em nosso ambiente

Escancara-nos os dentes e a alma e nos acentua o desejo do abraço

E fortalece-nos os laços, talvez até os traços do mesmo sonho

Aí é fala pelo dia que Deus dá, parece que cada um tem um pergaminho

Onde escreve sentimentos e lembranças, faz do tempo novamente criança e todos sorrimos lembrando de você…

Nosso tempo no seio da eternidade é dízima inconsequente, tipo noves fora nada

Ainda pelos nossos passos a dízima é periódica tal como a saudade, só que se traduzida em medidas, o tamanho, a latitude e a longitude nossa consciência nem assimila

A intuição, mãe dos meus versos sempre me aconselha, a eternidade não se calcula pelo desespero, mas pela luz e o amor aplicados

Então filhão, se segura do seu lado, porque mais dias menos dias estaremos no mesmo horário

Até um dia, razão dos meus sentimentos, valor da minha vontade

Qualquer dia a saudade será só poesia em nossa memória…

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77

Novos tempos…

**

E a luz que reveste seus sentidos e sonhos

É semente de lutas que o tempo marcou

E o amor que se vê em seus gestos e falas

É a flor que as manhãs de verão sazonou

Num sorriso aberto que a tristeza se curva

Num silêncio inteiro que a liberdade ditou…

E a paz se insinua em cada lance dos passos

Pois, o dia é um abraço que o Bom Deus criou!

**

Sua voz como um verso cujo som é uma reza

O pensamento a certeza que a consciência engendra

Todo verso é oração quando a rima desvenda

A poesia constituinte dessas leis do coração

A simplicidade é uma postura no rasga e tece do adverso

No útero da vida a semente é divina, … linda menina

Toda brisa é incapaz de sonhar com tempestades

A amizade entre a vida e o tempo é a mais pura verdade!

**

Sonha, a evolução é a estrada mais longa

Não se demore na sombra pra não perder melanina

Sei, toda noite se veste em mistério a provocar poesia

E tem no repouso do corpo a reflexão sem magia

E a vida em reparto sobre a morte da carne

Tem na sobrevivência de si a solução mais exata

É um novo tempo surgindo entre choro e sofrimento

O momento é de separação, mas também de entendimento!

**

O amor só permanece no laço se a verdade é a rima

Reviver é o fruto da separação entre a vida e a sina

Reencarnar é a porta que se abre a quem tem o que aprender

Muda o tom, muda a voz e o semblante, o cenário e o tentativa

Num instante e a vida se remanifesta, uma festa tão natural e tão linda

Recomeço a replantar um novo dia, um novo tempo

As lições do viver são o alfabeto da renovação

E a rima mais certa é o amor que se deve a vida!

**

Liberdade a pedir maturidade as asas, desde casa a imensidão

Voar é tão sério que não se deve calcular o cair

Pra sorrir nas andanças é preciso trazer a alegria consigo

A oração mais precisa a versar o perdão

Na continuação do amor que o tempo costura

Pois, viver na clausura de si é a mais estranha ingratidão

Vai, o universo gradua o sentido, a vida, o caminho e a intenção

Universaliza os teus sentimentos que o amor é a mais pura gratidão!

**

Ademário da Silva

03 de março de 2023.

Equação real…

**

Olha a vida sempre foi o que é… sem dor

E o amor em silêncio escorrendo em flor

Ninguém pode afirmar sem ver ou viver

Portas abertas pra ilusão sorrir

Como fresta de luz que a sombra toma

Não se deixe enganar, vaidade maquia os sentidos

Filosofia me ensina que a ilusão não compensa

E quem insiste perde o rumo de si! …

**

Não desperdice os perfumes da vida

Que a flor te oferece na manhã orvalhada

Todo fruto ensaiado no tempo

É iguaria a te adoçar os momentos

É um banquete que não exige etiqueta!

**

Vai…

Abandona a ilusão de ser o melhor

Porque a dor esvazia o perfume

E a solidão acompanha os tormentos

O desamor é a sombra do orgulho

Quando se quebra um laço o abraço se torna vazio!

**

Vai…

Que o amor por ser bom ainda permite o atraso

A imperfeição não requisita certezas

A nobreza de alma ilumina os caminhos

Ninguém pode pedir o que não oferece

A prece sincera incendeia esperanças

No seio da confiança criança

Que não treme ao rugir os trovões!

**

Vai…

Como o rio que sempre confia

Que um dia sentirá o abraço do mar…

Vai…

Porque a dor que agora te aflige

Corrige o falso impulso nos embrolhos da ilusão

Vai…

Porque o Pai não abandona o filho

E o mar não esquece do rio

Nos caminhos da evolução!

**

Vai…

Ilusão é uma rima doente

Que põe a perder a inspiração

Vai…

E apesar das suas cicatrizes

O coração que se recupera

Renova os sentidos!

**

Ademário da Silva

19 de janeiro de 2023.

Há tempos… de confissões!

**

Há tempos que a luz não se acende, na alma teimosa que sou

Há tempos que a dor se arrepende de ajustar-me no amor

São vidas que vão e que vem na esteira da eternidade

Mas, a verdade é que o ego vive rasgando a minha pretensa humildade

Que por ser tacanha e tímida, sofre de atrofia em si!

**

O sol oportuno e fecundo prepara as sementes do amor

Assinala o verão e o outono, útero da vida e parto da luz

Traduz a coragem e o gesto na alegria de ser e fazer

Fazer o que minha alma precisa pra sentir o coração enobrecer

Escancaro o olho e o ouvido nas páginas da mãe natureza

Só para aprender que a vida, não me pede opinião ou palpite!

**

Percebo que a teimosia é sangria que o orgulho desata

E despeja sobre a minha agonia os efeitos da minha inércia

E o tempo que não me obedece, segue sem me contemplar

Com direitos, ilusões e fantasias que só me fazem cegar

Por isso a dor da prisão é olhar a luz pelas frestas

Porque a liberdade não se presta a minha sombra aceitar!

**

E por onde for eu não chego, por força de não saber ainda

Que não se anda nos caminhos da luz, trazendo poeira nos pés

Desafio a fé e a razão e perco pra simplicidade da emoção

Entendo então que nada construo se o Pai não me der permissão

E quando olho pra luz e não vejo os caminhos da minha evolução

De nada me adianta rezar se a fé não me sustenta a intenção!

**

Há vidas que estive nas sombras

Há tempos que sonhei com a luz

Há tempos que a vida me curva

Há vidas que o tempo me sobra

Porque me perco no ócio

Mas, sei que o tempo roda eterno

Nas plagas infindas do universo

Há versos que ainda não rimo

Há dores que ainda preciso!

**

O tempo que ainda preciso

É joia que não sei lapidar

Porque o ego teimoso e impreciso

Não permite aprimorar

Há tempos que sonho que a luz

A poesia vai iluminar

Desrimando as dores

Que insistem em me aprisionar!

**

Ademário da Silva

09 de julho de 2023

metamorfose…

Agora, … transformação…

*

Agora que a luz, … me cede a contra dança e me acompanha

Não posso negar minha imperfeição

Por isso, de quando em vez, ainda erro os passos

E a sombra mais por teimosia, chora e se desfaz em pó

A dor diminui sua chaga

Nunca foi praga e em si desanda!

*

O tempo como sentinela

Me assombra a alma enquanto não me aperfeiçoo

Me entrego ao sacrifício e ao suor

Pra derrubar paredes e acender o amor

E a sede de luz, ainda insaciável

Por não ser completa

Me exige livros e lutas!

*

E mesmo que o cansaço peça

Que minha alma estanque, não posso parar

E sob tempestades ou sóis, solidão ou dores

Mesmo que as flores murchem

Excessivo estio ou mesmo invernia

Não vou me deter em grutas!

*

Em outros tempos, meus passos vazios

Andarilho sem sentido e até vadio

Vidas que gastei em vão

Agora quero redesenhar meu chão

Cansei de meia lua, meia luz, meio compasso

Meio sonho, meio amor impregnado de meio abraço!

*

Agora quero o coração comprometido sem ser escravo

Amar a rosas, as avencas, dionéias e os também os cravos

Sentir o gosto doce da luz na força da alma

Viver na terna contratura da alegria pura

Sorrir no silêncio da compreensão

E ter a poesia como amor e oração!

*

Sonhar agora como estrela cadente que muda de posição

Olhar agora como quem sorri por todos os sentidos

Sempre desperto sem temer os desafios

Semente que convive na escuridão por confiar na própria luz

Flor e fruto desaguar no sabor deliciado em perfume

Beija-flor e vagalume, leveza e luz na mais doce adoração!

Transformação…

*

Ademário da Silva

17 de junho de 2023

Amizade que mui me gusta!

**

Minha amiga Enedina

Que assim meio que na surdina

Parecendo canção que não se esquece

Sai da primeira infância pra atingir as culminâncias

Além de cem, só aqui já pulou três casas

E quantas vezes pôs incenso na brasa!

*

Nem é preciso contar,

Porque chega fazendo tranças nos cabelos da paz

Abusa do tempo como vento que sempre volta

Porque não admite coisas e seres fora curva

Sempre sonha num passo marcado e coletivo

Mas, bem ensaiado entre amores, amigas e amigos

Fala forte pra ver se o vento se assusta

Tempera o respeito no laço, no passo e até no feijão

Que tem sabor de saudade e um gosto de quero mais de verdade

*

Dona Enedina, mulher que enfrenta a dor no silencio do coração

Ela diz que lhe falta letras, mas a alma vale pelo que sente e pensa

Ela fez a leitura da vida no trato com a simplicidade e as plantas

Sua fé é o distintivo tatuado na alma, estrela de cinco pontas

*

Tem raízes em Guará, mas sentou praça na Formosa

Como se fora um caule de baobá, não tem vento que lhe vergue

Nem água que se acabe ou sede que não se desfaça em seus gestos de amor

Porque tem a alma temperada na mais pura teimosia

Pois quem não teima não experimenta na vida suas ambrosias.

Enedina do grego quer dizer complacente, benevolente e eu

Acrescento corajosa, flor de todas as estações

Agradeço a Deus, ser seu amigo e poder dizer do mais íntimo do coração

Parabéns, Parabéns e Parabéns pelos seus cento e três…

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Do amigo Ademário da Silva

Felizes sejam todos os seus dias!

Um beijão na alma!

Evolução…

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Mais tarde que ontem, é quase amanhã, dor que passou, cicatrizes vencidas

A luz que se acende, o tempo sustenta

A tormenta é o caminho que a fé desbrava

minha casa nas estrelas, ou mergulhada nas sombras, porque a alma não tomba em definitivo

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Vacila como criança ou adolescente nos substantivos

Vertente da maturidade

Um dia cidade e outro no campo

Beija-flor ou pirilampo

Voando e piscando desejos na eternidade!

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O amor conjugado no mais que perfeito

Direito comum nas lições dessas casas

Seus ausentes defeitos

E os tons abstratos, iluminando os sentidos

Do primeiro vagido a sabedoria

Evolução conta-gotas na razão dia a dia!

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Uma asa de luz, outra asa de amor

Um perfume de flor, liberdade e coragem de ser

Poesia e canção batendo no coração

Na sola dos pés as marcas do chão

Nas rugas da pele o suor ressecado

Na consciência da alma a alegria é uma rima!

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Ademário da Silva

30 de julho de 2023.