Da ignorância até a luz…
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“Qualquer um pode contar as sementes em uma maçã, mas só Deus pode contar o número de maçãs em uma semente.” Robert H. Schuller.
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Enquanto sementes desconhecemos os encantos e perfumes das flores, assim como os sabores e variedades dos frutos.
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Pensar como semente é conservar os recursos e talentos nas noites bem dormidas e nos sonhos inteligentes de quem confia nas expectativas da vida… E de Deus… Guardados das avarias e inércias do descompromisso e dos medos…
Pensar como flor é já ter aprendido a espargir seus encantos e perfumes, obedecendo às molduras do tempo…
Pensar como fruto é demonstrar todo aprendizado que a vida traz, com a inteligência e a elegância espiritual adquirida durante o percurso da experiência empreendida… Pela a imortalidade…
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Se nos deixarmos envolver pelas forças da natureza, assim como a semente, que mesmo inconsciente desenvolve o seu papel pelas vias das gerações espontâneas. Aceitando sem revoltas os ditames da lei… Com certeza, ao longo do tempo, cumpriremos cada uma das etapas da evolução espiritual…
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Num processo de sedimentação de experiências e aquisições, de conquistas e malogros na esteira do tempo, vamos acumulando camadas de luzes, sobrepostas ás pedras do sofrimento… Desenvolvendo coragem e atitude… Buscando o conhecimento, aceitando as pessoas, perdoando e sendo perdoados… Amando e sendo amados… A dor é só um perfume estragado que a flor põe fora, no intuito de renovar a vida da semente.
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A semente aqui representa a infância existencial de cada um. Sendo criados simples e ignorantes, desconhecemos nossos talentos e recursos e, só os descobrimos nos quintais do mundo, paginados em diversas culturas e religiões. Filosofias e sistemas de pensamentos, que só a testam o momento evolutivo, ou a confusão do aprendizado…
Como na escada de Jacó cada degrau é um enigma, cada reencarnação é aprendizado oportuno, segundo os talentos já adquiridos… E cada um de nós, onde precisa se encontra de malas prontas, ou de mãos vazias…
A auto conquista é descobrir o DNA da própria, luz, da própria força, do amor que traz em si, de tudo que pode fazer, aprender, criar, distribuir, reciclar-se ao longo das experiências, atingir maturidade que lhe permita alcançar novos estágios…
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A flor enquanto beleza e encanto, perfume e designer é um recado divino á perfeição, resultado de transformações e buscas, de sonhos e idealizações passageiras, uma oração de gratidão aos efeitos do trabalho. É crédito depositado na expectativa da evolução…
Mas, essa mesma flor, obediente á natureza… Entrega-se ás forças da vida e deixa os encantos e vai em busca de si em outras realizações mais densas…
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E novamente as transformações recolhem-na em seus recursos dando novos rumos á riqueza existencial…
É então que ela, flor, chega ao seu termo maior, se faz fruto, rico de possibilidades e benefícios á vida, ao mundo e ao seu destino e principalmente á todos em seu derredor…
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E como Deus sempre será o Grande Arquiteto Todo Bondoso, a semente se engravida, a flor se reencarna e novamente o fruto vem ao berço da vida cumprir os desígnios naturais…
Assim somos nós, sementes divinas
Flores lindas e ás vezes enigmáticas
Deus é o Sol, a vida é a terra
A natureza o campo de aprendizado e experiências
O tempo, lençol de luz á sazonar-nos a evolução
Então assim, somos frutos das próprias experiências
Do próprio amor e da própria fé somada á luz
Do aprendizado!
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Ademário da Silva… 25/set./2010
25/setembro/2010
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