A poesia olhou pro poeta e perguntou:
Casa comigo?
Te dou asas, Boa Vida e Alma Lavada!
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Alexandre Reis.
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A poesia e o poeta…
É mesmo assim amiga Débora, a gente dá uma casadinha com as palavras e a inspiração e ainda sai com o coração disparado de tesão.
Feito beija flor e o néctar voando sempre pronto a inseminar a vida, a alegria e também a seriedade.
Num transe de prazer e liberdade a caneta transpira sensualidade em cada fonema
E cada rima se faz espasmo no cosmo da intuição
E o pensamento enquanto fio condutor
Se enrola nos lençóis do amor
E deixa em cada escrita
Sua alma explícita em cada estrofe
Em cada verso um convite
Que ás vezes filosofa
Ás vezes faz troça
Seria um lindo casamento entre o poeta e a poesia
Teriam filhos sujeitos á provérbios
E os advérbios seriam mais que perfeitos
E os verbos não sofreriam de anomalias
E não haveriam tempos desavisados em seus pronomes
E os oblíquos não seriam reticentes e muito menos omissos
As conjunções não seriam só carnais
Teriam predicados em todos os laços
Alegrias seriam plurais perfeitos pra cada sujeito
Objeto indireto perderia o sentido
E em cada conjugação não se permita contramão
E cada figura de linguagem teria mais educação
Afinal é um casamento entre o sonho e o momento
Onde hipérboles e pleonasmos quais línguas mortas
Sentadas á soleira da porta da idade média
Clamariam por Emílias e Lobatos
E não precisaria reformar a ortografia
E se exigiria o uso correto de cada predicado
E o poeta seria feliz á cada inspiração
E a poesia sempre surgiria grávida de emoção!
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Ademário da Silva /*/ 11/fevereiro/2014
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